Wednesday, September 17, 2008

Irresistível

Acabei de ver e não resisto:

Diz o Ministro da Economia que se as gasolineiras não acatarem as indicações do Governo, serão tomadas medidas (não explicou quais).
Respondem as gasolineiras que não têm medo!

É uma anedota. Só faltou dizer: "agarrem-me senão fico todo negro". Negro não ficará, mas chamuscado...É só um palpite!

Hipocrisias

Falando de hipocrisias: as minhas convicções políticas nunca foram suficientemente fortes para militar nenhum partido político!
Com toda a sinceridade, o que me fascina na política não é superior à repugna que me suscitam os meandros dos respectivos corredores.
Parece que no dia 10 de Outubro se vai discutir na Assembleia da República a "Igualdade No Acesso Ao Casamento Civil" e estou profundamente convencida que não vai acontecer nada, para além das, muitas vezes, infelizes e desapaixonadas intervenções dos nossos dignos Deputados.
Apesar da muito aclamada igualdade de direitos, continuamos a descriminar pessoas; apesar de serem cidadãos cumpridores que têm as mesmas obrigações de todos os outros, são descriminados por questões de orientação sexual; apesar da "Igualdade No Acesso Ao Casamento Civil" em nada interferir com a liberdade de cada um - somos homofóbicos e os políticos não fazem mais do que fomentar a nossa homofobia.
Questiono-me se haverá argumentos morais para interferir desta forma, na vida intíma das pessoas; sinto que se evade constantemente a vida privada, dizendo quem se deve amar e com quem se deve dormir ao negar os mais elementares direitos na vida em sociedade e acho que não está certo, peço desculpa pela minha franqueza, mas não é justo!
Passou-me agora pela cabeça que talvez certas pessoas não concordem com a alteração à Lei porque têm medo de ser obrigadas a casar com pessoas do mesmo sexo, mas eu explico: não se preocupem, o casamento é e continuará a ser voluntário não havendo por isso nenhum risco de "contrair" homosexualidade, essa doença que se descobriu no século passado e para a qual ainda não existe cura!
Ironias à parte, aguardo com alguma expectativa o debate do próximo dia 10 de Outubro; quero ver até onde vai a hipocrisia política; quem vai impôr disciplina de voto e como defenderão o seu comportamento quando, na próxima campanha eleitoral, quiserem captar o voto daqueles que insistem em descriminar!

Wednesday, September 10, 2008

Olá

Como estamos muito parados, resolvi deixar aqui um beijo a todos.
Para quem tiver interesse, uma dica: Exposição Arqº Peter Zumthor, LxFactory em Alcântara, até 2 de Novembro, entre as 12h00 e as 20h00. A não perder.

Tuesday, September 2, 2008

Cinema

Há cerca de 7 anos, durante um período de 2 anos, tive a "honra " de trabalhar num dos mais simbólicos cinemas de Lisboa.
Numa tentativa de recuperar velhos hábitos, instituiu-se a não permissão de comer ou beber dentro das salas, devolveu-se o "intervalo" e proibiu-se a exibição de publicidade, exceptuando a antecipação e divulgação de outros filmes.
Eu sou do tempo em que a ida ao cinema era uma espécie de acto social. Regra geral era organizada em grupo e o bom do intervalo promovia o convívio.
Ontem fui ao cinema com o meu filho mais novo. "Palavra de honra" que ando irritada com esta história de há uns tempos para cá: pagamos o bilhete e somos literalmente "lixados" com 15 minutos de publicidade. Não, não são filmes de publicidade (aqueles de verdadeira inspiração artística cuja criatividade é potenciada no grande ecrã), são filmes banais que nalguns casos passam mais do que uma vez.
Depois, o intervalo foi recuperado, não com a intenção "romântica" de tentar restabelecer os bons hábitos de convívio, mas permitir aos mais gulosos que se ausentem rapidamente para comprar mais pipocas, bebidas ou chocolates.
Ir ao cinema já não obedece a critério nenhum a não ser o de não ter nada para fazer. Lamento pelos meus filhos, já não há o respeito pela tela e o entusiasmo do grande filme é, frequentemente, ultrapassado pela sofreguidão de devorar pipocas.
Confesso que, por mais do que uma vez, me apeteceu pedir o livro de reclamações para fazer saber que não pago para ver publicidade, mas filmes. Talvez faça o que nos é sugerido com alguma frequência, sobretudo nos cinemas "Lusomundo", ver os canais da telecine e ficar em casa, por mais paradoxal que possa parecer.