Monday, May 21, 2007

Pessoas

pessoas mesmo parvas.

São tão parvas, que não consigo encontrar-lhes outro nome para além de: pessoas. É a forma mais simpática que encontrei para banalizar aquela classe de "gentalha"que se presume melhor que os outros.

pessoas que apetece achincalhar só de olhar para elas. São mal-educadas por natureza, a arrogância que encerram nos pobres espíritos convenceu-as que são mais giras, mais espertas e bem-sucedidas, ah! - não esquecer que também se vestem muito bem e têm corpos fantásticos.

A estas pessoas extraordinárias sobra-lhes em descaramento o que lhes falta, em larga escala, em inteligência e bom senso. Mentem de forma descarada sobre si próprias, acreditando que os outros são parvos, na maioria das vezes teriam que ser atrasados mentais para acreditar que determinado tipo de afirmações fazem algum sentido. Tecem comentários e fazem juízo de valores sobre terceiros, com uma "lata" e com uma convicção que envergonharia a maioria dos vigaristas.

Desculpem-me pessoas, mas sinceramente não vos suporto. Nunca gostei de falsidade: prefiro uma verdade dolorosa a uma mentira piedosa, o que é completamente diferente de achincalhar de forma gratuita quem quer que seja, mesmo alguém de quem não se gosta muito.

Uma Dica: Pessoas: porque alguém não comenta certo tipo de afirmações que proferem, não significa necessariamente que seja parvo, provavelmente não vos dá a importância suficiente para se dar ao trabalho de refutar os vossos argumentos, muito provavelmente nem sequer presta atenção ao que dizem!

Lealdade

Lealdade é o mesmo que fidelidade.

Porque estou triste com algumas atitudes, resolvi falar sobre isto. Tinha que ser agora, porque se o fizesse antes corria o risco de me antecipar e se o fizesse daqui a uns tempos deixaria de fazer sentido.

É um "post" que escrevo para mim, não tem segundo sentido e não vale a pena tentar decifrá-lo porque não tem solução.

Apenas porque estou triste, atrevo-me a antecipar acontecimentos a que não quero assistir. Talvez seja apenas um exercício para me proteger e ganhar algumas defesas, para não ter surpresas.

Uma Dica: não liguem, deu-me para aqui.

Thursday, May 17, 2007

Paulinho

Ele diz que é "Paulinho".

Eu acho que lhe assenta que nem uma luva. Os nomes compostos têm este problema, eu própria sofro do "síndroma", Maria do Carmo só servia para os ralhetes. Mas também é verdade que pelo menos já sabia o que aí vinha - não deixa de ser uma vantagem.

Mas voltando ao "Paulinho" e para que fique registado para a posteridade: gostei muito de o conhecer, tenho imensa pena que não fique mais tempo connosco. Tenho uma vaga ideia que não leva de nós a melhor das impressões - fruto da louca experiência que aqui viveu, por isso ainda tenho mais pena que não continue por cá.

Eu tenho uma facilidade enorme em "apaixonar-me" pelas pessoas, não por toda a gente claro, mas por umas quantas com quem me tenho cruzado na vida e não costumo quebrar os laços.

Poderia ser um post por encomenda, mas não é - é sentido. Que não haja ciúmes, eu tenho imensas rosas perfumadas para oferecer, especialmente para si aqui fica uma delas.

Uma Dica: Quando se gosta de alguém, dizemos-lhe - eu tenho esta forma de estar na vida. Não deixe de vir almoçar connosco.

Sunday, May 13, 2007

Zézinha

A Zézinha é a minha única irmã.

Apesar de ter apenas menos 14 meses do que eu, continuo a vê-la como uma menina pequena a quem devo a especial obrigação de proteger.

Na verdade foi assim a nossa vida toda. Quando pequenas e nos saudosos tempos de "Maria rapaz", aplicável às duas, apanhei muitas vezes por causa dela: metia-se em sarilhos com os rapazes e, regra geral, quem apanhava era eu - armada em forte só para a defender.

Sempre foi muito engraçada a Zézinha mas muito respondona também, por isso de vez em quando..., apanhava da mãe e lá estava eu, sempre pronta a pôr-me à frente. Confesso que ainda apanhei uns belos tabefes que lhe eram dirigidos.

Agora, separadas por 300 km de distância já há 18 anos, tenho umas saudades loucas das nossas discussões de adolescentes. Adoro as duas semanitas de verão em que estamos juntas e que passam a correr, parte-se-me o coração quando a deixo - parece que a estou a abandonar. Sinto que lhe devia telefonar muitas vezes e não o faço, que a devia ir visitar mais e não posso, gostava que ela estivesse todos os dias comigo para fazermos em conjunto o resumo dos nossos dias e nos indignarmos pelas injustiças ou rirmos dos disparates que ouvimos.

Hoje estou especialmente feliz e, por paradoxo, simultaneamente triste, porque é o dia da "Bênção das Fitas". Sei que ela não foi, apesar da minha insistência para ir, mas também sei que hoje, especialmente hoje, deveria ter estado com ela e nem lhe telefonei porque tive um dia complicado. O dia de hoje é o corolário de um percurso de muito sacrifício e de uma extraordinária força de vontade, contra tudo e contra todos, em concretizar um desejo há muito adiado - terminar a licenciatura.

Eu tenho um orgulho enorme na minha irmã, porque é uma mãe fantástica, uma mulher absolutamente dedicada à família e uma amiga invulgar o que faz dela um ser humano extraordinário.

Uma Dica: Vivemos dias loucos, a nossa vida é literalmente pautada pela tentativa de gerir o dia-a-dia o melhor que nos é possível, afastando-nos consideravelmente daqueles que amamos. Talvez fosse bom fazermos uma pausa e ponderarmos naquilo que é realmente importante, é que corremos o risco de investirmos demasiado em coisas que na realidade não nos fazem felizes, nem interessam para nada.

Tuesday, May 1, 2007

Gafes

O que é uma gafe?
trata-se de um acto ou meia dúzia de palavras proferidas de forma pouco oportuna.

Os políticos são exímios, é com cada uma. Mas eu própria sou expert na matéria. Tenho um jeito especial e natural para dizer a palavra errada ou o comentário mais inoportuno na pior das alturas. Também tenho uma propensão especial para tropeçar, cair ou mesmo atirar-me para cima de alguém quando dá menos jeito.

gafes, que pela sua natureza e transversalidade à maioria dos seres humanos, são autênticos ícones no comportamento social. A mais comum, que já aconteceu a quase todos nós, é a de perguntarmos aos familiares do defunto, depois de apresentarmos os pêsames, se está tudo bem. Comigo é recorrente, não falho uma única vez, é inevitável.

Outra muito frequente é perguntarmos à amiga que não vemos há uns tempos, que por acaso engordou uns quilinhos, se está grávida - desastrosa e quase incontornável. Mas a mais confrangedora, também já me aconteceu - confesso, é confundirmos o namorado/marido com o pai, numa palavra: terrível.

E confundir o namorado de uma das minhas colegas com o filho? Pois, pela aparente diferença de idades, achei mesmo que era o filho e em vez de ter fechado a boca, como seria natural, resolvi ser simpática e fazer conversa de circunstância - bem, ficou pior que estragada.

Se não servirem para mais nada, para além de criar um certo mau estar, as gafes servem pelo menos, para registarmos na memória e nos rirmos mais tarde - dependendo do género, claro.

Uma Dica: Depois de cometida a gafe, não vale a pena tentarmos justificar, é que quanto mais falamos mais nos "enterramos" - acreditem, fala a voz da experiência.