Tuesday, January 30, 2007

A importância masculina


A importância masculina ou a importância que os homens dão a si mesmos?
Um episódio passado com o meu filho mais novo há um par de dias, tirou-me do sério.
O rapaz de 9 anos de idade, foi confrontado com uma terrível situação, que passo a descrever:
Chegada a casa ao final do dia, na esperança de encontrar o sorriso generoso, que me oferece diariamente, dou com ele de cabeça e ombros caídos, com um ar infelicíssimo. Surpreendida, questionei para tentar perceber o motivo de tanta tristeza, na ausência de resposta e curiosa, como é natural, procurei saber junto do irmão mais velho e do pai o que teria provocado tal estado de espírito, "qualquer coisa com o telemóvel", respondeu o irmão evasivo e sem paciência, procurei saber se se passava alguma coisa com o telemóvel, avaria ou saldo, obtive apenas um triste abanar de cabeça.
Perante a minha insistência e preocupação, o irmão lá esclareceu que o problema estaria relacionado com o excesso de sms que uma amiguinha da escola tinha enviado. Pacientemente peguei no telemóvel e fui verificar o tal "excesso" e conteúdo das mensagens e deparo-me com meia dúzia de fotografias de carros, curiosamente dos que ele mais gosta de desenhar, e ri-me, só podia, a minha atitude irritou-o e fê-lo reagir, "tu não percebes", disse-me, "ela anda a sediar-me e eu já não aguento mais, eu tinha decidido que não queria casar-me e mesmo que queira ainda sou muito novo para estas coisas", fiquei literalmente com a cara à banda.
Realmente, sempre estive convencida que este tipo de atitude teria mais a ver com a educação do que com outra coisa qualquer, mas não, aparentemente é inata, eles já nascem com isto.
Mas que diacho, uma pessoa quer ser simpática e é automaticamente mal interpretada, já anda a assediar, mas que importantes e giros e tudo o mais que eles são.
Resultado, o Duartinho, pelo seu comportamento, levou um sermão: aprender a respeitar e ser agradecido com quem se mostra simpático e generoso e eu percebi que tenho que estar atenta e tentar corrigir este tipo de comportamentos.
Uma dica: eu digo aos meus filhos que todas as mulheres são umas princesas, embora tenha consciência que há por aí muita bruxa má, mesmo assim prefiro correr o risco.

1 comment:

Isabel said...

Oh Rosa! Estive para a aqui a ler entradas antigas no teu blog com o meu cházinho da manhã (enquanto a minha malta ainda está toda a dormer) e quando li este, dei comigo a rir. Isto parece mesmo uma cena cá de casa…lol.
Eles são bons míudos (e aqui adiciono também o meu elemento feminino cá de casa que ás vezes se acha muito importante) mas ás vezes lá tenho que lhes trazer os pés á terra e relembrar que somos todos humanos e como tal empatia e compreensão são indispensáveis. Beijinhos!