O que é um(a) Chunga Babe?
O nome é engraçado, eu acho-lhe imensa piada, não é da minha autoria, é do Pedro, mas todos conhecemos o conceito ou estereótipo. Não sou preconceituosa, longe disso, apenas achei graça e decidi discorrer sobre o assunto, por isso e correndo o risco de criar algumas inimizades, passo a descrever, no feminino porque é mais fácil:
- Na maioria dos casos, a Chunga Babe não é originária de Lisboa, por isso fala orgulhosamente das férias na "terra" e das festas a que assiste todos os anos, chega a ser presidente da comissão de festas, cargo que lhe assenta que nem uma luva, dada a sua predisposição natural para a liderança e organização de "eventos", qualidades que raramente são potenciadas pelos chefes nos locais de trabalho, certamente por receio que tanta competência e eficácia possa perigar o seu próprio lugar;
- É suburbana, vive nos arrabaldes de Lisboa ou um pouco mais longe, em grandes apartamentos ou moradias vistosas, as horas que perde nas filas de trânsito - sim porque a Chunga Babe não se mistura com o povinho nos transportes públicos - são compensadas, na sua opinião, pela qualidade de vida de que usufrui no local onde mora, ainda que regresse a casa a altas horas da noite e seja obrigada a sair de madrugada para o emprego;
- Tem poder de compra, embora prime pela ausência total de gosto, investe muito em ouro e "jóias" que faz questão de exibir e de usar em simultâneo, gasta imenso dinheiro em roupa que acumula nos espaçosos roupeiros de casa. Gosta de vestir roupas de marca, mas acha que não vale a pena comprar nas lojas: os ciganos vendem a "mesma roupa" nas feiras, nem se percebe a diferença e muito mais baratas, aliás, segundo as próprias, as "tias de cascais" também lá compram;
- Regra geral é anafada, embora reclame que está em dieta permanente e exiba de forma orgulhosa as saladas que devora à hora do almoço, compensando as almoçaradas familiares e os petiscos com os amigos no fim-de-semana, normalmente à base de boas feijoadas recheadas com os enchidos extraordinários que recebem da "terra";
- A Chunga Babe não viaja, não por questões financeiras, mas porque não se sente atraída pelo estrangeiro, afinal o que há lá fora também já temos em Portugal, julgo que aqui o raciocínio decorre das célebres viagens que se faziam a Badajoz e dos caramelos, é apenas uma associação inconsciente. Mas a ida anual a Haya Monte, aproveitando as famosas férias no Algarve, não falha, nem que seja para comprar os malditos caramelos.
Enfim, haveria muito mais a dizer sobre o género, se entenderem podem dar sugestões. Um dia destes vou dissertar sobre o Chunga Babe no masculino: também tem muito potencial.
Uma Dica: Todos nós conhecemos alguém que se enquadra nestas descrições, eu própria conheço e adoro, normalmente são pessoas excepcionais, são generosas e estão de bem com a vida, que é o que realmente importa. Quanto ao estilo: cada um tem o seu.
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