Pois sou uma mamã absolutamente babada.
Porque tenho um filho excepcional, que me mima com os seus beijos inesperados, não quero deixar de lhe dedicar uma mensagem especial nesta minha experiência na "blogosfera".
Há uns anos, quando partilhava com alguém a minha tristeza, porque o André, apenas com 9 anos tinha decidido ir para o Colégio Militar, afastando-me consideravelmente do seu quotidiano, disseram-me que: "ser mãe é morrer todos os dias um bocadinho".
A frase, devidamente fundamentada, veio de uma respeitável Senhora, que muito admiro, com muitos mais anos de experiência de mãe do que eu. Hoje, com a experiência que entretanto acumulei e desenvolvi, dir-lhe-ia, Dra Aline: "ser mãe é renascer todos os dias, um bocadinho".
Agora que o André já atingiu a respeitável idade de 21 anos, tornando-se num jovem responsável, com objectivos definidos; agora que a confusão deu lugar à certeza, que a tortura dos testes de matemática foi substituída pelo desafio das orais de direito, que as jogatanas de futebol na escola, deram lugar às tertúlias de café, olho para ele e sinto um orgulho enorme pelo ser humano em que se transformou.
Não estou nada arrependida de o ter apoiado em decisões insólitas, como a do Colégio Militar em tão tenra idade, quando a maior parte das pessoas dizia que crianças com aquela idade não tomam decisões. Depois a opção da área de ciências, sem queda nenhuma para a matemática e mais tarde a opção do Direito, com previsões de sucesso muito improváveis, tendo em conta os hábitos de estudo que revelava até aí.
A verdade é que o André surpreendeu tudo e todos e uma vez que o irmão tem menos 11 anos, a minha questão, neste momento, é: "será que sou capaz de voltar a fazer o mesmo?", ou melhor:"como é que eu fiz?"
Julgo que a resposta é: descontrair o mais possível e ultrapassar uma etapa de cada vez.
Uma dica: não vale a pena projectarmos nos nossos filhos, aquilo que, em tempos, desejámos para nós próprios, o mais certo é estarmos a projectar uma decepção, o que não vai certamente contribuir, nem para a felicidade deles nem para a nossa.
1 comment:
You are wise beyond words, Rosa!
(sorry it goes in English but comes out a lot more to the point of what I wanted to say). My son is now almost 17 and we are starting to visit universities. All I ever told him during these last high school years was to search deep inside and pick a field that makes him happy. Our only dreams as parents is for him to unfold as the wonderful and full of potential man we now he is. We would never curtail his dreams to steer him in the direction of fulfilling ours. Never!
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