Elitismo - sistema social que favorece a elite (o que há de melhor na sociedade), em prejuízo dos restantes membros do grupo.
Eis aqui um conceito curioso, aplicável não só nas relações sociais como também nas laborais. Não raras vezes somos confrontados com classes profissionais que se consideram autênticas elites, sendo que o caso mais flagrante é o dos médicos, essa ordem de seres superiores, sobredotados intelectual e moralmente.
Culpa nossa? Talvez! Durante anos deixámos que fizessem os maiores disparates, sem ousarmos questionar ou sequer apontar o dedo, pelo que o seu poder foi crescendo exponencialmente. Ser médico, na nossa sociedade é ser detentor de um estatuto, ainda que seja um péssimo profissional e tenha um carácter de "vómito".
Devo ressalvar, no entanto, o facto de haver mérito na classe, não me lembro de muitas outras profissões em que o diploma confira de imediato o estatuto social à generalidade da classe.
Depois há os pequenos nichos dentro das empresas, em que temos licenciados em engenharia ou direito, cujo diploma lhes dá uma panóplia de conhecimentos tão vasta, que vai desde a gestão até à comunicação e afins. É um facto, eles sabem de tudo, ainda que mal saibam da profissão deles, não há assunto em que não opinem com conhecimento de causa.
Pensam sobretudo que quem tem licenciaturas "alternativas", as mais recentes como é o caso da comunicação, o fez por impedimento intelectual. Não é verdade!
Eu tenho uma licenciatura em Relações Públicas e Publicidade, soei as estopinhas para a conseguir. Foi o curso que sempre quis tirar por opção, não por falta de "média" para entrar noutras faculdades, mais, tenho a certeza que há muitos cursos, ditos tradicionais que não têm o grau de dificuldade aplicado naquele curso, que foi durante vários anos uma referência no meio publicitário.
Incomodam-me as pessoas que se sentem superiores só porque são licenciadas em cursos mais abrangentes, sempre achei que tinha vocação para a minha área e sinto-me feliz por ter o privilégio de trabalhar nela.
Uma Dica: Esse pseudo-elitismo não será uma forma de disfarçar frustrações e recalcamentos passados?
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