Cara enxaqueca,
Escrevo-te numa tentativa de te sensibilizar. Não achas que uma semana atrás de mim é demais? Já não te chegavam os dois dias de que desfrutavas da minha companhia?
Já me ocorreu que me poderias estar a castigar, mas eu nem sou pessoa de usar o teu nome em vão. Nunca me servi de ti para o que quer que fosse, a não ser para alimentar conversas banais.
Desculpa-me a frontalidade, mas não gosto de ti. Chegas com pezinhos de lã e depois revelas-te cruelmente: controlas todos os meus passos e a minha vida como o pior dos amantes obsessivos. Obrigas-me a recorrer ao apoio de estranhos, fármacos cada vez mais fortes, o que eu detesto.
Numa palavra: odeio-te. Tens a capacidade de tornar a minha vida num autêntico inferno.
Uma Dica: deixa-me em paz!
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